objecto pode ser capturada numa película especial, combinando
dois raios de luz laser, um deles reflecti-
do a partir do objecto, mas o outro não. Estes dois raios
interagem entre si para criar uma imagem espe-
cial sobre a película; quando o raio laser volta a passar
através dela, uma imagem tridimencional do
objecto aparece «flutuando» no nada. No entanto, ao contrário
das fotografias, a imagem da película
holográfica não se assemelha com a do objecto original; surge
como um conjunto de círculos concêntricos,
denominados padrões de interferência. Se o raio laser é
projectado sobre qualquer fragmento
da pelícu-
la, a
imagem volta a surgir, ainda que um pouco menos nítida, uma vez que a imagem
ocupa a película
completa.
Portanto, há aqui dois
aspectos distintos a considerar:
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1 - A matriz, ou seja, a imagem do objecto impressa na película
(o padrão implícito).
2 - A imagem projectada (o padrão explícito).
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A analogia do holograma
oferece algumas pistas importantes sobre a natureza da realidade e acerca de
como podes trabalhar com ela. Assim, também aqui há dois
aspectos distintos a considerar:
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2 – A realidade quotidiana das tuas experiências (o padrão
explícito - a imagem projectada).
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Aqui tens a razão pela
qual uma partícula sub-atómica pode estar em toda a parte ao mesmo tempo: a
sua matriz está dispersa ao longo de todo o
padrão implícito!
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Isto contradiz,
claramente, a física clássica que descreve o mundo físico como um conjunto de
coisas
discretas e locais, todas elas interactuando de muitas formas
limitadas.
Finalmente, estamos em
condições de chegar a uma conclusão importante:
Imagina que a matéria,
tal como a conheces, é feita de ondas sub-atómicas e está organizada de
maneira a formar padrões de ondas tridimensionais (o padrão
implícito). Então, esse milagroso órgão cha-
mado cérebro humano detecta esses padrões projectados e
constrói, a partir deles, o que aparenta ser
uma realidade objectiva (a imagem projectada - o padrão
explícito).
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Esta
realidade em que vives parece-te sólida e real porque... o teu corpo físico
também é uma
imagem tridimensional projectada!
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A realidade não é, por
conseguinte, algo objectivo que existe «lá fora», mas sim algo subjectivo
«aqui
dentro»; além disso, é distinta para cada ser humano. Logo, tudo
isto faz com que tu sejas o quê? Serás tu
um ‘padrão explícito’ de carne e osso ancorado num mundo sólido?
Ou és a imagem difusa de um ‘padrão
implícito’ de um holograma, desdobrando-se no meio de um imenso
remoinho de padrões maiores?
E qual é o papel da
consciência em tudo isto? Será ela a luz que brilha através dos padrões
ocultos na
Bom, pois é ambas as
coisas!
A consciência dá forma
tanto às matrizes ocultas (o padrão implícito) a partir de outras ainda mais
remotas, como à luz que brilha através dessas matrizes para que
seja projectado o que os teus sentidos
captam.
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Todavia, estamos a
falar de funções distintas da consciência. A consciência sub-atómica cria os
blocos
de construção da matéria, ao passo que outras partes dela os organiza
em padrões ainda mais complexos:
as células, os órgãos físicos, as emoções, os pensamentos. E
todos estes componentes do teu ser terreno
se mantêm conscientes, cada qual à sua maneira. Mais: a tua
consciência pessoal interage com todas as
outras consciências, pertençam elas aos seres vivos ou aos
chamados seres «inanimados».
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Sei que tudo isto é
suficiente para fazer saltar os fusíveis do corpo mental de qualquer pessoa;
mas é
importante saberes quão fluida é a realidade, para que sejas
capaz de a manejar. Se acreditasses que a
tua composição é inalterável, decerto não te autorizarias a
mudar. Por exemplo, tu sabes que imensos
padrões de comportamento antiquíssimos estão armazenados nas
células do teu corpo físico; ora, se as
células fossem inalteráveis e a energia desses velhos padrões de
comportamento ficasse ali aprisionada,
como poderias livrar-te de tal coisa?
E, dado que as células
são a projecção de uma matriz oculta (o padrão implícito), o que aconteceria
se
fosses capaz de reformular essa matriz ou a forma como ela foi
projectada?
Ora, tu possuis a
ferramenta necessária para fazer isto: a consciência.
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Tal como veremos mais à
frente, a espécie humana está envolvida na busca da criação de uma realida-
de, mas tornou-se tão eficiente a criar realidades... que já não
se apercebe desse envolvimento!
Cada coisa que
experimentas é, não só o resultado directo dos teus esforços para criar uma
realidade,
mas também da projecção fiel das tuas matrizes internas. Se não
te apercebes de «que experimentas o
resultado directo dos teus esforços para criar uma realidade» ou
de que és «capaz de reformular essa
matriz ou a forma como ela foi projectada», continuarás a criar
a mesma antiquíssima realidade... o que
não é nada divertido!
As coisas, porém são
muito mais maleáveis e plásticas do que imaginas. Mais adiante isso provará
ser
de grande importância.
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As tuas emoções e
pensamentos provêm da tua matriz interior (o padrão implícito), e o teu
quotidiano
é a imagem projectada (o padrão explícito). Por conseguinte, as
tuas emoções e pensamentos pessoais
interagem com as emoções e pensamentos alheios, tal como tu, ao
viveres a tua vida, interages com a
vida das outras pessoas. No entanto, o que cada um pensa e sente
desempenha um papel fundamental
naquilo que lhes acontece.
A realidade, tal como a
conheces, é projectada a partir de uma gama de matrizes parecidas com holo-
gramas. Embora as matrizes estejam em níveis distintos para
poderem ser «removidas» da realidade ordi-
nária, as imagens que elas projectam estão sobrepostas. E se é
verdade que as imagens das frequências
mais baixas dessas matrizes parecem ser sólidas (do ponto de
vista do teu corpo sólido!), também é certo
que aquilo a que chamas «espaço» está repleto de imagens das
frequências mais elevadas, evidentemente
não «sólidas». E todas coexistem umas com as outras.
Tu mesmo és formado por
muitas projecções – a física, a emocional, a mental e a espiritual – a partir
de matrizes preparadas por ti mesmo enquanto ESPÍRITO, as quais
são, por sua vez, projecções de outras
matrizes provenientes de frequências mais elevadas.
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O mais importante de tudo isto é que tu podes
conceber e alterar matrizes através da visualização!
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A criação da realidade
funciona nos dois sentidos:
Se desejas atrair para
ti uma determinada situação agradável, podes conceber a matriz dela e,
depois,
verificar como se projecta no plano físico sob a forma de
acontecimentos que podes experimentar; se
desejas livrar-te de uma situação desagradável... e lhe resistes
em vez de visualizares um «quadro» dife-
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rente, estás a cometer um erro triplo: reforças a matriz,
fortaleces o mecanismo de projecção e perpe-
tuas a situação indesejada. Bom, e se a coisa chegar à doença,
também podes usar a visualização para
«reparar» a matriz do órgão afectado e recuperar a saúde!
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Assim, a consciência –
que está profundamente ancorada na tela da realidade - é o padrão por detrás
da realidade objectiva (o padrão implícito), e de cada
ocorrência na história do Planeta Terra (o padrão
explícito).
A série televisiva «O
Caminho das Estrelas: A Geração Seguinte» é um excelente exemplo de criação
da
realidade: a plataforma de hologramas da nave Enterprise é
capaz de criar imagens de objectos e de pes-
soas que operam dentro dos parâmetros concebidos pelos
programadores da «realidade». Qualquer altera-
ção subtil no programa poderá alterar, digamos, o nível de
agressividade de um carácter holográfico ou
desactivar uma situação ameaçadora. No entanto, ao contrário do
que acontece nas aventuras da Enter-
prise, os
hologramas da actualidade (uma bala holográfica, por exemplo!), podem
matar-te; até um mons-
tro holográfico te pode devorar... a menos que possas dispor da
matriz que o gera!
A série da TV decorre
no século XXIV mas a tecnologia para esculpir a energia desta forma estará
dis-
ponível muito antes disso.
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Tudo isto nos conduz à
questão de como é que o plano físico se formou. Uma imagem holográfica é, de
facto, formada por luz contida dentro de um invólucro com a
forma específica daquilo que quer represen-
tar. Mas é apenas uma imagem que representa a matriz original.
Toda a informação necessária para gerar
esta imagem está codificada na película. E o invólucro, na
realidade, é uma espécie de onda estacionária.
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