sábado, 11 de abril de 2015

A NATUREZA DA MATÉRIA

  
Até agora abordei a diferença entre o plano físico e as dimensões mais elevadas, embora, na verdade,
não haja diferença nenhuma porque todas as dimensões são feitas da mesma «coisa», tal como as sete
oitavas de um piano são todas som: a única diferença é de tom e frequência.

   Num piano, como cada oitava (sequência das sete notas: dó, ré, mi...etc.) é reproduzida sete vezes, as
notas individuais de qualquer oitava são harmónicas mais altas das que estão nas oitavas mais baixas.

   Todavia, existe um «senão»: supõe que tens um defeito de audição que só te deixa ouvir a oitava mais
baixa. Neste caso, as notas graves vão soar-te muito reais; porém, quando as mãos do pianista se deslo-
cam para a direita do teclado em direcção às notas mais agudas, verás o movimento dos seus dedos mas
não ouvirás nada. Sentir-te-ás confundido, é claro, se as pessoas se referirem aos sons que não ouviste.

Talvez até te enfureças e as acuses de inventarem essa coisa das «vibrações mais altas». Concluirás que
não estão boas da cabeça e afastas-te encolhendo os ombros. Todavia, talvez sintas carência e desapon-
tamento quando ouvires referências à beleza da Sonata ao Luar!

   Porém, como reagirias se alguém te dissesse que, com um pouco de prática, poderias passar a ouvir as
notas mais altas?

    Esta analogia do piano é muito útil, porque a intenção dos cinco sentidos físicos é detectar, somente,
algumas das oitavas do universo que te rodeia. Os sentidos podem detectar as oitavas mais baixas... mas
não se apercebem das mais elevadas do Universo. Mas tu possuis outros sentidos cuja função é detectá-
las. Esses sentidos, porém, permanecem latentes na maior parte dos seres humanos. Tais sentidos traba-
lham e interagem, permanentemente, com a energia das frequências mais elevadas, só que o cérebro
filtra e elimina esses sinais. É algo propositado e conveniente, uma vez que os humanos não poderiam
manter-se concentrados no plano físico se fossem bombardeados por toda a informação adicional disponí-
vel num determinado momento.

    Imagina que estás a ler isto e, simultaneamente, vais tomando conhecimento de todas as consequên-
cias possíveis do faco de leres estas linhas, tanto para ti como para os teus familiares e amigos; além
disto, imagina que também tinhas consciência dos pensamentos e das emoções de todos os que te rodeiam
e da forma como eles ressoam com o resto das suas encarnações.

    O mais engraçado é que, quando qualquer tipo de informação extrasensorial se intromete na tua cons-
ciência e te vês forçado a reconhecer esse fato, a cultura a que pertences leva-te a encontrar uma outra
explicação.

    Aquilo que vês como matéria física, não passa de energia pertencente a uma das oitavas mais baixas,
vibrando dentro de um campo especialmente criado para esse efeito. Há muitas oitavas de energia acima
desta nas quais outros níveis do teu ser – funcionando plenamente, vivos e alerta - realizam todo o tipo de
coisas. Contactar conscientemente com esses outros níveis do teu ser é algo muito fácil de conseguir;
aliás, é isso que ocorre quando, por exemplo, crês ter uma ideia ou te sentes feliz sem razão aparente; e
os sonhos são, é claro, estes outros níveis do teu ser em acção, trabalhando ou divertindo-se.

    Todavia, não me refiro aos poucos e dispersos símbolos caóticos que giram na tua cabeça quando acor-
das; falo da criação e da manipulação da realidade, em grande escala, que todas as noites realizas através
dos outros níveis do teu ser. Aquilo que pensas que é sonhar, é como ficares a olhar para uma casa desar-
rumada perguntando se a festa foi agradável: perdeste o lado divertido e ficaste só com a desarrumação!
   Mas, então, como é que surge a matéria física a partir desta oitava de energia mais baixa?

   Os seres que, de vez em quando, criam coisas físicas (e os outros para quem essa é a sua função exclu-
siva), organizam as unidades de energia consciente em padrões específicos, dentro de uma banda de fre-
quência particular, concebida especialmente para tal propósito. São estes padrões que constituem cada
uma das coisas, aparentemente sólidas, que tu conheces.

   E, agora, aproximemo-nos do verdadeiro milagre do plano físico:


   - Estas unidades de energia consciente oriundas do plano mais elevado, surgem fisicamente como o
corpo das unidades electromagnéticas básicas conhecidas como partículas sub-atómicas - esses tijolos
básicos de construção chamados electrões, protões e neutrões!

   Os cientistas terrenos estão prestes a detectar este processo; alguns, possuidores de uma imaginação
muito fértil, já o conhecem intuitivamente.

   Por sua vez, estes blocos de construção de energia consciente (electrões, protões e neutrões), colabo-
ram na formação dos átomos de um elemento em particular, tal como o carbono, o hidrogénio, o oxigénio,
o azoto, etc.

   Um átomo pode parecer uma construção muito simples - electrões que giram em volta de um núcleo
central – e, em certo sentido, assim é. Mas, por outro lado, trata-se da coisa mais complexa que existe no
plano físico. A geometria e a álgebra envolvidas na concepção dos átomos que conformam o plano físico,
manteria ocupados, durante anos, a maioria dos vossos mais potentes computadores!

   A matéria não ocorreu espontaneamente; foi cuidadosamente planeada, e nós fizemos questão de sa-
ber como ela se comportaria em todas as circunstâncias, antes de continuarmos com o desenvolvimento
da sua criação.

   Não penses, nem por um instante, que o estado de consciência que «encarna» o electrão é diminuto. O
electrão não é uma partícula diminuta, mas sim um «campo de possibilidades»; é uma parte do espaço no
qual existe esse estado de consciência, embora de uma forma tão subtil que os cientistas não podem ter a
certeza. Por isso, afirmam que o electrão «provavelmente» existe.

   Acrescente-se que este estado de consciência que «encarna» o electrão no plano físico, pode colaborar
em inúmeros outros planos e em inúmeros universos simultaneamente.

   Os átomos podem permanecer livres ou ligarem-se para formar moléculas. Estas, por sua vez, unem-se
para constituir uma forma, a qual é determinada conjuntamente pelas unidades de energia em si mesmas
e pela entidade organizadora. E estas entidades organizadoras assumem a responsabilidade de dirigir a
energia sob a forma de átomos ou moléculas, de acordo com as matrizes concebidas, por exemplo, para
um cristal, uma pedra, uma célula da semente de uma planta, uma árvore, etc. A lista não tem fim, evi-
dentemente. Estas matrizes assemelham-se muito aos computadores pessoais: além de serem, simulta-
neamente, programas vivos e base de dados, também podem armazenar vastas quantidades de informa-
ção.

   A estrutura do ADN, que existe no coração de cada uma das tuas células, é uma base de dados que
contém a tua história atual, a história de todas as tuas encarnações e, adicionalmente, a de toda a
espécie humana!

   Por exemplo, uma árvore cresce sob a orientação de um ser de energia (chama-lhe «espírito das árvo-
res» se quiseres), que é quem concebe a matriz da árvore e organiza as unidades de energia de acordo
com esse padrão. Uma vez organizadas, as unidades de energia «recordam-se» da sua função e continua-
mente mantêm as partículas sub-atómicas combinadas em padrões cada vez mais extensos.

   Quando olhas para uma árvore, o que estás a ver realmente é energia pura organizada por um ser cons-
ciente e alerta de acordo com a matriz previamente concebida. O teu cérebro, então, através do hábito,
descodifica esse padrão de energia visual e reconhece-o como sendo uma «árvore«.

   Quando agarraras um tronco de uma árvore, as tuas mãos e a árvore são dois campos de energia que
entram em contacto; então, o teu sistema nervoso agrega toda essa informação e descodifica o contacto
como estimulação táctil. Finalmente, o cérebro usa essa informação para fabricar a imagem daquilo que
reconheces como uma árvore. Se um carpinteiro chega, corta a árvore e usa a madeira para construir uma
cadeira, ele altera a forma que responde à matriz principal. Aí, as unidades de energia conscientes que
constituem a madeira «lembram-se» do seu novo padrão e mantêm-no fielmente até que haja outra alte-
ração. Por exemplo, se a cadeira arder, a energia consciente das moléculas de celulose reorganizam-se
sob um novo padrão, digamos: átomos livres de carbono, oxigênio e nitrogênio.

   Só para ficares com uma ideia de tamanho, o espaço existente dentro e entre esses átomos é imenso:
se o núcleo do átomo fosse do tamanho de uma bola de futebol, o átomo em si teria as dimensões do
campo de futebol; a primeira fila de electrões estaria aproximadamente colocada onde se encontra a
primeira fila de assentos... e o átomo mais próximo estaria como que à distância da cidade vizinha!
Portanto, quando falamos de matéria «sólida», ela está, de facto, longe de ser sólida!

   Estes electrões, que tu pensas serem partículas diminutas, não pesam nada, em absoluto. Muito sim-
plesmente são pacotes de energia zumbindo à volta do núcleo a uma velocidade enorme. É essa velocida-

de que lhes dá a sua evidente substância, ou os deixa no estado de »quase substância», da mesma forma
que uma bala disparada contra um alvo produz maior impacto do que uma bala simplesmente atirada con-
tra esse alvo.

   Nem sequer o núcleo é sólido; também ele é feito de partículas mais pequenas (neutrões e protões), os
quais, quando examinados de perto, mostram que também são formados por partículas ainda mais peque-
nas. Neste nível, aproximamo-nos do ponto em que a energia pura se manifesta como aquilo que tu crês
ser matéria, assim como dos lapsos de tempo infinitesimalmente curtos que isso demora. Também esta-
mos perto dos limites dos instrumentos físicos. Estes instrumentos podem detectar a súbita aparição de
uma partícula sub-atómica... mas não a sua real transformação a partir da energia pura, porque a unidade
de energia que a criou não é física; não sendo física... não pode ser registada por instrumentos físicos!

   Os físicos concluíram que a única vez que as partículas sub-atómicas são verdadeiramente partículas é
quando as podem observar; fora disso são ondas de energia. Portanto, como jamais chegarão a conhecer a
condição de um electrão não observado, não têm como determinar a estrutura básica do plano físico ou de
explicar como funciona.

    Num nível mais profundo, estamos a falar de irrupções de energia consciente para dentro do plano
físico. Esta energia, ao deslocar-se a velocidades incríveis, aparenta solidez... da mesma forma que as
pás de um ventilador eléctrico, em movimento rápido, dão a sensação de serem um disco sólido!

   Assim sendo, o mundo material não passa de uma ilusão?

   Todo ele é feito de hologramas e de ondas estacionárias.

   A base de qualquer tipo de organização da energia em matéria é a onda estacionária. Esta ideia é vital
para poderes entender o que és e como te manifestas.


O que se segue pode parecer física mas, de facto, é a essência da metafísica.

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