Até agora abordei a diferença entre o plano físico e as dimensões mais elevadas, embora, na verdade,
não haja diferença nenhuma porque todas as dimensões são feitas
da mesma «coisa», tal como as sete
oitavas de um piano são todas som: a única diferença é de tom e
frequência.
Num piano, como cada
oitava (sequência das sete notas: dó, ré, mi...etc.) é reproduzida sete
vezes, as
notas individuais de qualquer oitava são harmónicas mais altas
das que estão nas oitavas mais baixas.
Todavia, existe um
«senão»: supõe que tens um defeito de audição que só te deixa ouvir a oitava
mais
baixa. Neste caso, as notas graves vão soar-te muito reais;
porém, quando as mãos do pianista se deslo-
cam para a direita do teclado em direcção às notas mais agudas,
verás o movimento dos seus dedos mas
não ouvirás nada. Sentir-te-ás confundido, é claro, se as
pessoas se referirem aos sons que não ouviste.
Talvez até te enfureças e as acuses de inventarem essa coisa das
«vibrações mais altas». Concluirás que
não estão boas da cabeça e afastas-te encolhendo os ombros.
Todavia, talvez sintas carência e desapon-
tamento quando ouvires referências à beleza da Sonata ao Luar!
Porém, como reagirias
se alguém te dissesse que, com um pouco de prática, poderias passar a ouvir
as
notas mais altas?
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Aquilo que vês como
matéria física, não passa de energia pertencente a uma das oitavas mais
baixas,
vibrando dentro de um campo especialmente criado para esse efeito.
Há muitas oitavas de energia acima
desta nas quais outros níveis do teu ser – funcionando
plenamente, vivos e alerta - realizam todo o tipo de
coisas. Contactar conscientemente com esses outros níveis do teu
ser é algo muito fácil de conseguir;
aliás, é isso que ocorre quando, por exemplo, crês ter uma ideia
ou te sentes feliz sem razão aparente; e
os sonhos são, é claro, estes outros níveis do teu ser em acção,
trabalhando ou divertindo-se.
Todavia, não me refiro
aos poucos e dispersos símbolos caóticos que giram na tua cabeça quando acor-
das; falo da criação e da manipulação da realidade, em grande
escala, que todas as noites realizas através
dos outros níveis do teu ser. Aquilo que pensas que é sonhar, é
como ficares a olhar para uma casa desar-
rumada perguntando se a festa foi agradável: perdeste o lado
divertido e ficaste só com a desarrumação!
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Mas, então, como é que
surge a matéria física a partir desta oitava de energia mais baixa?
Os seres que, de vez em
quando, criam coisas físicas (e os outros para quem essa é a sua função
exclu-
siva), organizam as unidades de energia consciente em padrões
específicos, dentro de uma banda de fre-
quência particular, concebida especialmente para tal propósito.
São estes padrões que constituem cada
uma das coisas, aparentemente sólidas, que tu conheces.
E, agora,
aproximemo-nos do verdadeiro milagre do plano físico:
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- Estas unidades de
energia consciente oriundas do plano mais elevado, surgem fisicamente como o
corpo das unidades electromagnéticas básicas conhecidas como
partículas sub-atómicas - esses tijolos
básicos de construção chamados electrões, protões e neutrões!
Os cientistas terrenos
estão prestes a detectar este processo; alguns, possuidores de uma imaginação
muito fértil, já o conhecem intuitivamente.
Por sua vez, estes
blocos de construção de energia consciente (electrões, protões e neutrões),
colabo-
ram na formação dos átomos de um elemento em particular, tal
como o carbono, o hidrogénio, o oxigénio,
o azoto, etc.
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Um átomo pode parecer
uma construção muito simples - electrões que giram em volta de um núcleo
central – e, em certo sentido, assim é. Mas, por outro lado,
trata-se da coisa mais complexa que existe no
plano físico. A geometria e a álgebra envolvidas na concepção
dos átomos que conformam o plano físico,
manteria ocupados, durante anos, a maioria dos vossos mais
potentes computadores!
A matéria não ocorreu
espontaneamente; foi cuidadosamente planeada, e nós fizemos questão de sa-
ber como ela se comportaria em todas as circunstâncias, antes de
continuarmos com o desenvolvimento
da sua criação.
Não penses, nem por um
instante, que o estado de consciência que «encarna» o electrão é diminuto. O
electrão não é uma partícula diminuta, mas sim um «campo de
possibilidades»; é uma parte do espaço no
qual existe esse estado de consciência, embora de uma forma tão
subtil que os cientistas não podem ter a
certeza. Por isso, afirmam que o electrão «provavelmente»
existe.
Acrescente-se que este
estado de consciência que «encarna» o electrão no plano físico, pode
colaborar
em inúmeros outros planos e em inúmeros universos
simultaneamente.
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Os átomos podem
permanecer livres ou ligarem-se para formar moléculas. Estas, por sua vez,
unem-se
para constituir uma forma, a qual é determinada conjuntamente
pelas unidades de energia em si mesmas
e pela entidade organizadora. E estas entidades organizadoras
assumem a responsabilidade de dirigir a
energia sob a forma de átomos ou moléculas, de acordo com as
matrizes concebidas, por exemplo, para
um cristal, uma pedra, uma célula da semente de uma planta, uma
árvore, etc. A lista não tem fim, evi-
dentemente. Estas matrizes assemelham-se muito aos computadores
pessoais: além de serem, simulta-
neamente, programas vivos e base de dados, também podem
armazenar vastas quantidades de informa-
ção.
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A
estrutura do ADN, que existe no coração de cada uma das tuas células, é uma
base de dados que
contém a tua história atual, a história de
todas as tuas encarnações e, adicionalmente, a de toda a
espécie humana!
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Por exemplo, uma árvore
cresce sob a orientação de um ser de energia (chama-lhe «espírito das árvo-
res» se quiseres), que é quem concebe a matriz da árvore e
organiza as unidades de energia de acordo
com esse padrão. Uma vez organizadas, as unidades de energia
«recordam-se» da sua função e continua-
mente mantêm as partículas sub-atómicas combinadas em padrões
cada vez mais extensos.
Quando olhas para uma
árvore, o que estás a ver realmente é energia pura organizada por um ser cons-
ciente e alerta de acordo com a matriz previamente concebida. O
teu cérebro, então, através do hábito,
descodifica esse padrão de energia visual e reconhece-o como
sendo uma «árvore«.
Quando agarraras um
tronco de uma árvore, as tuas mãos e a árvore são dois campos de energia que
entram em contacto; então, o teu sistema nervoso agrega toda
essa informação e descodifica o contacto
como estimulação táctil. Finalmente, o cérebro usa essa
informação para fabricar a imagem daquilo que
reconheces como uma árvore. Se um carpinteiro chega, corta a
árvore e usa a madeira para construir uma
cadeira, ele altera a forma que responde à matriz principal. Aí,
as unidades de energia conscientes que
constituem a madeira «lembram-se» do seu novo padrão e mantêm-no
fielmente até que haja outra alte-
ração. Por exemplo, se a cadeira arder, a energia consciente das
moléculas de celulose reorganizam-se
sob um novo padrão, digamos: átomos livres de carbono, oxigênio
e nitrogênio.
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Só para ficares com uma
ideia de tamanho, o espaço existente dentro e entre esses átomos é imenso:
se o núcleo do átomo fosse do tamanho de uma
bola de futebol, o átomo em si teria as dimensões do
campo de futebol; a primeira fila de
electrões estaria aproximadamente colocada onde se encontra a
primeira fila de assentos... e o átomo mais
próximo estaria como que à distância da cidade vizinha!
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Portanto, quando falamos de matéria «sólida», ela está, de
facto, longe de ser sólida!
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Estes electrões, que tu
pensas serem partículas diminutas, não pesam nada, em absoluto. Muito sim-
plesmente são pacotes de energia zumbindo à volta do núcleo a
uma velocidade enorme. É essa velocida-
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de que lhes dá a sua evidente substância, ou os deixa no estado
de »quase substância», da mesma forma
que uma bala disparada contra um alvo produz maior impacto do
que uma bala simplesmente atirada con-
tra esse alvo.
Nem sequer o núcleo é
sólido; também ele é feito de partículas mais pequenas (neutrões e protões),
os
quais, quando examinados de perto, mostram que também são
formados por partículas ainda mais peque-
nas. Neste nível, aproximamo-nos do ponto em que a energia pura
se manifesta como aquilo que tu crês
ser matéria, assim como dos lapsos de tempo infinitesimalmente
curtos que isso demora. Também esta-
mos perto dos limites dos instrumentos físicos. Estes
instrumentos podem detectar a súbita aparição de
uma partícula sub-atómica... mas não a sua real transformação a
partir da energia pura, porque a unidade
de energia que a criou não é física; não sendo física... não
pode ser registada por instrumentos físicos!
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Os físicos concluíram
que a única vez que as partículas sub-atómicas são verdadeiramente partículas
é
quando as podem observar; fora disso são ondas de energia.
Portanto, como jamais chegarão a conhecer a
condição de um electrão não observado, não têm como determinar a
estrutura básica do plano físico ou de
explicar como funciona.
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Num
nível mais profundo, estamos a falar de irrupções de energia consciente para
dentro do plano
físico. Esta energia, ao deslocar-se a
velocidades incríveis, aparenta solidez... da mesma forma que as
pás de um ventilador eléctrico, em movimento
rápido, dão a sensação de serem um disco sólido!
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Assim sendo, o mundo
material não passa de uma ilusão?
Todo ele é feito de hologramas
e de ondas estacionárias.
A base de qualquer tipo
de organização da energia em matéria é a onda estacionária. Esta ideia é
vital
para poderes entender o que és e como te manifestas.
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O que se segue pode parecer física mas, de facto, é a essência
da metafísica.
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