sábado, 11 de abril de 2015

HOLOGRAMAS

  
  Se estiveres familiarizado com o fenómeno conhecido como holograma, sabes que a imagem de um
objecto pode ser capturada numa película especial, combinando dois raios de luz laser, um deles reflecti-
do a partir do objecto, mas o outro não. Estes dois raios interagem entre si para criar uma imagem espe-
cial sobre a película; quando o raio laser volta a passar através dela, uma imagem tridimencional do
objecto aparece «flutuando» no nada. No entanto, ao contrário das fotografias, a imagem da película
holográfica não se assemelha com a do objecto original; surge como um conjunto de círculos concêntricos,
denominados padrões de interferência. Se o raio laser é projectado sobre qualquer fragmento da pelícu-
la, a imagem volta a surgir, ainda que um pouco menos nítida, uma vez que a imagem ocupa a película
completa.

    Portanto, há aqui dois aspectos distintos a considerar:

1 - A matriz, ou seja, a imagem do objecto impressa na película (o padrão implícito).
2 - A imagem projectada (o padrão explícito).

  A analogia do holograma oferece algumas pistas importantes sobre a natureza da realidade e acerca de
como podes trabalhar com ela. Assim, também aqui há dois aspectos distintos a considerar:

1 - A matriz da tua realidade quotidiana (o padrão implícito) que permanece oculto para ti.
2 – A realidade quotidiana das tuas experiências (o padrão explícito - a imagem projectada).

   Aqui tens a razão pela qual uma partícula sub-atómica pode estar em toda a parte ao mesmo tempo: a
sua matriz está dispersa ao longo de todo o padrão implícito!

   Isto contradiz, claramente, a física clássica que descreve o mundo físico como um conjunto de coisas
discretas e locais, todas elas interactuando de muitas formas limitadas.

   Finalmente, estamos em condições de chegar a uma conclusão importante:

   Imagina que a matéria, tal como a conheces, é feita de ondas sub-atómicas e está organizada de
maneira a formar padrões de ondas tridimensionais (o padrão implícito). Então, esse milagroso órgão cha-
mado cérebro humano detecta esses padrões projectados e constrói, a partir deles, o que aparenta ser
uma realidade objectiva (a imagem projectada - o padrão explícito).


  Esta realidade em que vives parece-te sólida e real porque... o teu corpo físico também é uma
imagem tridimensional projectada!

   A realidade não é, por conseguinte, algo objectivo que existe «lá fora», mas sim algo subjectivo «aqui
dentro»; além disso, é distinta para cada ser humano. Logo, tudo isto faz com que tu sejas o quê? Serás tu
um ‘padrão explícito’ de carne e osso ancorado num mundo sólido? Ou és a imagem difusa de um ‘padrão
implícito’ de um holograma, desdobrando-se no meio de um imenso remoinho de padrões maiores?

   E qual é o papel da consciência em tudo isto? Será ela a luz que brilha através dos padrões ocultos na
película fotográfica? Ou será o próprio padrão?


   Bom, pois é ambas as coisas!

   A consciência dá forma tanto às matrizes ocultas (o padrão implícito) a partir de outras ainda mais
remotas, como à luz que brilha através dessas matrizes para que seja projectado o que os teus sentidos
captam.

   Todavia, estamos a falar de funções distintas da consciência. A consciência sub-atómica cria os blocos
de construção da matéria, ao passo que outras partes dela os organiza em padrões ainda mais complexos:
as células, os órgãos físicos, as emoções, os pensamentos. E todos estes componentes do teu ser terreno
se mantêm conscientes, cada qual à sua maneira. Mais: a tua consciência pessoal interage com todas as
outras consciências, pertençam elas aos seres vivos ou aos chamados seres «inanimados».

   Sei que tudo isto é suficiente para fazer saltar os fusíveis do corpo mental de qualquer pessoa; mas é
importante saberes quão fluida é a realidade, para que sejas capaz de a manejar. Se acreditasses que a
tua composição é inalterável, decerto não te autorizarias a mudar. Por exemplo, tu sabes que imensos
padrões de comportamento antiquíssimos estão armazenados nas células do teu corpo físico; ora, se as
células fossem inalteráveis e a energia desses velhos padrões de comportamento ficasse ali aprisionada,
como poderias livrar-te de tal coisa?

   E, dado que as células são a projecção de uma matriz oculta (o padrão implícito), o que aconteceria se
fosses capaz de reformular essa matriz ou a forma como ela foi projectada?

   Ora, tu possuis a ferramenta necessária para fazer isto: a consciência.

   Tal como veremos mais à frente, a espécie humana está envolvida na busca da criação de uma realida-
de, mas tornou-se tão eficiente a criar realidades... que já não se apercebe desse envolvimento!

   Cada coisa que experimentas é, não só o resultado directo dos teus esforços para criar uma realidade,
mas também da projecção fiel das tuas matrizes internas. Se não te apercebes de «que experimentas o
resultado directo dos teus esforços para criar uma realidade» ou de que és «capaz de reformular essa
matriz ou a forma como ela foi projectada», continuarás a criar a mesma antiquíssima realidade... o que
não é nada divertido!

   As coisas, porém são muito mais maleáveis e plásticas do que imaginas. Mais adiante isso provará ser
de grande importância.

   As tuas emoções e pensamentos provêm da tua matriz interior (o padrão implícito), e o teu quotidiano
é a imagem projectada (o padrão explícito). Por conseguinte, as tuas emoções e pensamentos pessoais
interagem com as emoções e pensamentos alheios, tal como tu, ao viveres a tua vida, interages com a
vida das outras pessoas. No entanto, o que cada um pensa e sente desempenha um papel fundamental
naquilo que lhes acontece.

   A realidade, tal como a conheces, é projectada a partir de uma gama de matrizes parecidas com holo-
gramas. Embora as matrizes estejam em níveis distintos para poderem ser «removidas» da realidade ordi-
nária, as imagens que elas projectam estão sobrepostas. E se é verdade que as imagens das frequências
mais baixas dessas matrizes parecem ser sólidas (do ponto de vista do teu corpo sólido!), também é certo
que aquilo a que chamas «espaço» está repleto de imagens das frequências mais elevadas, evidentemente
não «sólidas». E todas coexistem umas com as outras.

   Tu mesmo és formado por muitas projecções – a física, a emocional, a mental e a espiritual – a partir
de matrizes preparadas por ti mesmo enquanto ESPÍRITO, as quais são, por sua vez, projecções de outras
matrizes provenientes de frequências mais elevadas.

O mais importante de tudo isto é que tu podes conceber e alterar matrizes através da visualização!
   A criação da realidade funciona nos dois sentidos:

   Se desejas atrair para ti uma determinada situação agradável, podes conceber a matriz dela e, depois,
verificar como se projecta no plano físico sob a forma de acontecimentos que podes experimentar; se
desejas livrar-te de uma situação desagradável... e lhe resistes em vez de visualizares um «quadro» dife-


rente, estás a cometer um erro triplo: reforças a matriz, fortaleces o mecanismo de projecção e perpe-
tuas a situação indesejada. Bom, e se a coisa chegar à doença, também podes usar a visualização para
«reparar» a matriz do órgão afectado e recuperar a saúde!

   Assim, a consciência – que está profundamente ancorada na tela da realidade - é o padrão por detrás
da realidade objectiva (o padrão implícito), e de cada ocorrência na história do Planeta Terra (o padrão
explícito).

   A série televisiva «O Caminho das Estrelas: A Geração Seguinte» é um excelente exemplo de criação da
realidade: a plataforma de hologramas da nave Enterprise é capaz de criar imagens de objectos e de pes-
soas que operam dentro dos parâmetros concebidos pelos programadores da «realidade». Qualquer altera-
ção subtil no programa poderá alterar, digamos, o nível de agressividade de um carácter holográfico ou
desactivar uma situação ameaçadora. No entanto, ao contrário do que acontece nas aventuras da Enter-
prise, os hologramas da actualidade (uma bala holográfica, por exemplo!), podem matar-te; até um mons-
tro holográfico te pode devorar... a menos que possas dispor da matriz que o gera!

   A série da TV decorre no século XXIV mas a tecnologia para esculpir a energia desta forma estará dis-
ponível muito antes disso.

   Tudo isto nos conduz à questão de como é que o plano físico se formou. Uma imagem holográfica é, de
facto, formada por luz contida dentro de um invólucro com a forma específica daquilo que quer represen-
tar. Mas é apenas uma imagem que representa a matriz original. Toda a informação necessária para gerar
esta imagem está codificada na película. E o invólucro, na realidade, é uma espécie de onda estacionária.

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